capa da edição italiana |
Sinopse: Num típico subúrbio dos Estados Unidos, cinco irmãs adolescentes se matam em sequência e sem motivo plausível. A tragédia, ocorrida no seio de uma família que, em oposição aos efeitos já perceptíveis da revolução sexual, vive sob severas restrições morais e religiosas, é narrada pela voz coletiva e fascinada de um grupo de garotos da vizinhança.
Opinião:
O que dizer de As Virgens Suicidas? é tudo tão claro que é difícil ter sobre o que falar.
Cinco irmãs: Mary, Bonnie, Therese, Lux e Cecília, filhas do casal Lisbon, cometem suicídio na distancia de um ano entre o primeiro e o último suicídio.
Mas o que as levou a cometer suicídio? Quais emoções elas provavam e o que as afligiam são as perguntas que se põem os seus coetâneos vizinhos que as espiavam e admiravam de longe.
O narrador é impessoal, como se fossem todos os meninos do grupo a falar ao mesmo tempo e cada um desse a sua opinião sobre a vida e a morte das irmãs Lisbon.
Um fato importante desse livro é que ele percorre toda a adolescência dessas garotas do ponto de vista externo, interpretando comportamentos e atitudes em base a suspeitas do narrador.
Eu fiquei meio dividida por esse livro porque gostei como Jeffrey Eugenides escreve, dando palavras a sentimentos quase indescritíveis, ilustrando as garotas com personalidades muito particulares que quase formavam uma única pessoa mas achei a leitura lenta, em certo pontos muito supérfluos e em outros muito detalhados (como o fato que temos uma definição quase perfeita dos personagens de Lux e Cecilia mas as outras irmas são quase como adicionais).
É um romance bem triste por que tem essa continua busca de saber o porquê dos suicídios, o porquê elas não pediram ajuda ou o porquê eles não conseguiram entender antes como estava a situação, mas se você curte livros que sao baseados na busca de respostas inalcançáveis talvez a história das irmãs Lisbon mude a sua vida como fez com a vida do narrador desse livro.
Love, Angy ❤
Frases do livro:
"Depois, porém, nossos olhos se acostumaram com a luz e nos cientificaram de algo que não havíamos percebido até então: as Lisbon eram pessoas diferentes umas das outras. Vimos que em vez de cinco réplicas com os mesmos cabelos louros e os mesmos rostos bochechudos eram seres distintos, cujas personalidades começavam a alterar rostos e a orientar expressões."
"[...] Ele nunca havia sofrido a eternidade do telefone que toca antes de alguém atender, não conhecia o disparar do coração ao ouvir aquela voz incomparável subitamente ligada à sua, a sensação de estar tão perto que quase podia vê-la, de estar verdadeiramente dentro dos ouvidos dela. Nunca havia sentido a dor das respostas sem graça, o pavor os << ohh éeee>> nem a rápida aniquilação do <<Quem?>>"
"[...]às vezes, depois de um de nós ter lido em voz alta um longo trecho do diário, tínhamos que combater o desejo de nos abraçar ou de dizer uns aos outros como éramos bonitos."
"Á distância, parada diante da casa dos Lisbon, a ambulância piscava as luzes. Não tinham se preocupado em ligar a sirene. "